Quando o ano de 2017 estava a acabar, afirmei com toda a certeza que tinha sido sem dúvida o melhor ano da minha vida. E tinha! Agora, a chegar ao final de 2018, afirmo que este foi o melhor ano da minha vida. E foi! Apesar de ter sido o ano em que perdi as minhas duas avós. 🖤 A grande diferença é que na passagem de 2017 para 2018, eu não acreditava que o 2018 fosse superar o 2017! Mas desta vez, apesar de 2018 ter sido tão extraordinário, eu acredito do fundo do meu coração que 2019 ainda vai ser melhor! Acredito realmente que a grandeza de 2018 pode vir a ser superada em 2019. E sem dúvida que acredito que eu virei a ser uma pessoa muito melhor e mais completa, pois já vai para caminho de dois anos em que entrei numa fase de desenvolvimento e crescimento pessoal muito grande e avassaladora! E sei que se a vida o permitir vou continuar a crescer e a evoluir! Abraço este crescimento! Todos os dias. Por isso "ele" não para! Continua a acontecer! Dia após dia após dia após dia! As minhas avós estariam orgulhosas. 🖤
2018 foi o ano em que sem estar à espera e sem ter planeado, fui aos Estados Unidos da América, e esta viagem mudou-me, e mostrou-me um lado de mim que eu nem sabia que tinha. Talvez nem tivesse, talvez tenha nascido algo novo dentro de mim. Mas que voltei uma pessoa completamente diferente da que foi, isso sem dúvida!
E foi essa mudança que fez esta página acontecer. Comecei a ter todos estes sentimentos e pensamentos, e muita vontade de os partilhar! E esta vontade começou a crescer e a crescer, até que de vontade passou a necessidade. E assim teve que acontecer a minha querida página "Sinceridade e Bom Senso". Que acabou por se tornar tudo o que eu queria e necessitava. E muito mais!
"Uma pessoa é forte porque nada a afeta, nada a magoa, nada a derruba."
Sabem que isto não é verdade não é? Ser forte é sim, ser afetada, magoada, derrubada... E apesar disso continuar a sorrir, a acreditar, a ser feliz, ou a tentar. Ser forte é levantar-se depois de cair, quer caia uma ou 1000 vezes. É não ficar no chão. Não querer ficar no chão.
Ser forte é aceitar que erramos, que somos humanos e imperfeitos. Viver com isso. Mas aprender sempre, com cada erro, com cada tombo.
A sabedoria traz a força. E uma pessoa na sua plena sabedoria, saberá com certeza de que não é perfeita, que erra, que não faz tudo bem feito. Uma pessoa sábia, sabe de tudo isto, a diferença é que esta pessoa sábia não guarda apenas esta informação, ela aprende.
Estou a atravessar uma fase de mudança já há algum tempo. Creio que tudo começou quando viajei sozinha para a Tailândia em 2017. Ou melhor, quando comprei o bilhete para a viagem. Pois esse foi o primeiro passo oficial, e tudo começa com o primeiro passo não é? Acho que o meu processo de mudança começou aí, nesse segundo. No segundo em que eu soube que me ia atirar sozinha e de cabeça para fora da minha zona de conforto, para o outro lado do mundo! O primeiro passo para uma mudança interior que eu mal sonhava que estava prestes a acontecer.
E depois fui. E depois voltei. E depois mudei de casa e de zona. E depois abri o meu negócio juntamente com o meu irmão. E depois quase sem aviso o meu irmão foi embora e eu fiquei a gerir o negócio sozinha durante quatro meses. E depois ele voltou. E depois eu fui sozinha durante três semanas para a Califórnia. E depois voltei. E depois finalmente apaixonei-me pelo meu negócio, e depois lá fiquei eu a geri-lo sozinha outra vez.
E agora aqui estou. Depois de lágrimas e sorrisos. De aventuras boas e aventuras más. De escolhas certas e escolhas erradas. De desafios impostos pela vida, outros desafios impostos por mim própria. Estou aqui, no seguimento deste processo de mudança com o qual eu sem dúvida não contava. Não sei se vai apenas no início, se vai a meio, se está a chegar ao fim. Sei que não sou a mesma pessoa que era há dois anos atrás e que todos os dias a pessoa que sou muda um pouco mais. A criação da minha página no Facebook também tem vindo a contribuir muito para este processo. E espero que este blog seja um acréscimo e continuação da mesma. Pois o que escrevo começou por ser uma mistura dos meus sentimentos, pensamentos, senso comum e do que achava que era o certo. Mas cada vez mais se está a tornar em fortes convicções e numa vincada filosofia de vida. Parece que quando passo os meus sentimentos, pensamentos e convicções para palavras, os mesmos se tornam ainda mais reais!
Devo muito disto às pessoas que seguem a página e que através da mesma comunicam comigo e também umas com as outras. Estas pessoas inspiram-me! Inspiram-me a continuar a mudar e a melhorar a pessoa que eu sou. Inspiram-me a continuar a construir esta nova filosofia de vida! Este modo de estar. Sou tão grata por me ajudarem com este processo de mudança, por me acompanharem, apoiarem e inspirarem.
E por isto devo a todas as pessoas que me lêem um gigante obrigada!
FOTO: Banguecoque, Tailândia, MAR2017. Tirei esta foto no meu primeiro dia em Banguecoque, ainda não tinha feito nenhum amigo, estava assustadíssima. Mas o sorriso estava cá, tinha o meu livro na mala e finalmente encontrado um jardim com sombra! Porque não haveria eu de sorrir? :)
Livro: "Pequenas Grandes Mentiras", de Liane Moriarty
Se há uns dias atrás vos apresentei um livro que acredito estar perto da perfeição, hoje apresento-vos um que acredito que alcançou a perfeição. Não mudaria um parágrafo neste livro. Tudo está escrito da maneira certa na parte certa. Um enredo com histórias entrelaçadas, que são capazes de nos cortar a respiração. Um mistério que nos atormenta desde a primeira página. Pois à medida que nos vamos apaixonando por estas personagens tão extraordinárias, vamos percebendo que houve um crime, um crime em que uma das personagens morreu, e que outra das personagens foi a responsável pela sua morte. Quando damos por isso, já estamos completamente cativados e apaixonados por estas mulheres tão humanas, complexas e reais que não queremos chegar ao fim do livro com medo de descobrir que talvez a vítima mortal tenha sido uma delas. Talvez a pessoa responsável pelo crime tenha sido uma delas. Começamos a sentir a angústia. A vontade de descobrir e o medo de descobrir, em igual dose. Este livro é perfeito. Para mim pelo menos.
Este livro originou uma mini série de televisão com 7 episódios em 2017, com um elenco de luxo: Nicole Kidman, Reese Witherspoon, Shailene Woodley, Laura Dern, Alexander Skarsgård, entre outros. A série arrecadou uma data de Globos de Ouro e outros prémios. E na minha opinião foi tudo mais que merecido. Tal como o livro, a série é perfeita. Completamente sem falhas, e as interpretações das atrizes principais são suberbas. É sem dúvida uma das melhores adaptações livro/série ou filme que já tive o privilégio de ler e assistir.
Este livro foi sem dúvida uma experiência. Avassaladora mesmo! No bom sentido! Li-o num ápice, nem dava por mim a virar as páginas. Quando soube que iam fazer uma série, ainda por cima com atrizes de topo que adoro, primeiro fiquei entusiasmada, depois um pouco receosa. Receosa que não fizessem um bom trabalho a adaptar um dos melhores livros que li na vida. Mas não, mantiveram a perfeição. Que bom.
Então, com isto tudo já perceberam que recomendo. A quem gosta de ler, claro que recomendo o livro. A quem não gosta de ler, têm sempre a série para conhecer as histórias destas mulheres tão impressionantes e bem estruturadas, que se vão esquecer que é ficção.
Descobri esta autora em 2016, e li três livros dela de seguida. São os três excecionalmente bons, mas este é o meu preferido.
"Ninguém tem que estar feliz a toda a hora. Isso não é saúde mental, isso é treta."
- Meredith Grey (da série de TV, "Anatomia de Grey")
Bipolar?? Haha! Hoje em dia as pessoas usam palavras "pesadas" com uma "leveza" impressionante!
Será ser-se bipolar apenas por não nos sentirmos sempre da mesma maneira? Por um dia estarmos recetivos a companhia, sorridentes e cheios de vontade de falar e partilhar, e por no dia seguinte termos mais vontade de abraçar a introspecção e estarmos sós, apenas na nossa companhia? Não me considero bipolar. Sei que não o sou. Sou HUMANA. E não ando sempre da mesma maneira, não me sinto sempre da mesma maneira, não encaro as coisas nem as pessoas sempre da mesma maneira. Tenho fases, tenho humores, tenho vontades, tenho impulsos. Tenho dias, e tenho outros dias. SOU HUMANA.
É também humano quem está sempre igual, quem se sente sempre da mesma maneira, quem tem pensamentos sempre e absolutamente fixos. É também humano. Apenas um humano diferente de mim.
Aceitemo-nos e respeitemo-nos uns aos outros! Sem stresses!
"O exercício do silêncio é tão importante quanto a prática da palavra." - William James
Defendo a ideia de que não devemos provocar ou procurar a discórdia. Acho que devemos evitar discussões desnecessárias para o bem de todos e principalmente o nosso. Às vezes custa engolir os famosos "sapos", mas treinamos a nossa paciência e sabedoria quando o fazemos. Temos que pensar para nós mesmos: -"Vale a pena ter esta discussão? Vou ganhar alguma coisa em chatear-me? Ou será que vou perder? É assim tão importante exibir o meu ponto de vista? Se calhar depois fico a sentir-me mal e arrependo-me de ter dito isto ou aquilo.". Paremos um minuto para fazermos estas questões a nós mesmos antes de começarmos a deitar tudo cá para fora.
Com isto não quero dizer que temos que nos calar sempre. Não devemos confundir o saber ficar calado com ser submisso. Temos que encontrar aquela "linha" que separa o saber evitar um conflito e o deixar que nos façam de "parvos". Temos que aprender a ter a percepção da situação que enfrentamos, quando vale ou não a pena. Pois às vezes é bom e proveitoso expor as nossas ideias e opiniões. E é melhor ainda quando temos o tacto e a sensibilidade de o saber fazer.
Tenho vindo dia a dia a tentar crescer como pessoa e a ser mais ponderada. E é aí que quero chegar, uma pessoa que pondera tirará muito mais proveito das situações do que as que não ponderam. Pensar e agir? Pensar e não agir? Agir sem pensar? Ponderem.
Eu nem sempre pensei desta maneira, mas acho que a vida tem muito a ensinar, e eu só quero aprender! 😊
Custa-me ver pessoas de quem eu gosto tristes. Custa-me muito. Mas o que mais me custa é ver e saber que há pessoas que "colocam" inteiramente a sua felicidade e o seu bem estar nas mãos e vontade de outras pessoas. É certo que precisamos de pessoas à nossa volta para ser MAIS felizes, mas a primeira pessoa de quem depende a nossa felicidade e o nosso bem estar, temos que ser NÓS PRÓPRIOS. Os outros têm que ser um acréscimo, uma ajuda secundária. Nós guardamos a nossa comida no frigorífico do vizinho? Guardamos a nossa roupa no armário da nossa melhor amiga? Não! Então porquê colocar a nossa felicidade e o nosso bem estar inteiramente nas mãos de outra pessoa?? Não! A nossa comida no nosso frigorífico, a nossa roupa no nosso armário, e a nossa felicidade nas nossas mãos! É algo muito precioso! E temos que a guardar, alimentar, proteger e defender com unhas e dentes!
Chorar, perder o gosto pela vida, desistir... Por quem não merece? Por quem não nos dá valor? Não, não consigo entender. Quero ser sensível e compreensiva em relação ao assunto, mas não consigo. Há quem não me entenda a mim, e há coisas que sou eu que não entendo.
Lembrem-se que vocês tem que gostar de vocês próprios mais do que qualquer outra pessoa. Querer que alguém goste de vocês mais do que vocês próprios, é insensato e irrealista.
Errar. Todos erramos. Todos nós cometemos erros. O que fazer depois?
Bem, já sabem que aqui o que escrevo é apenas o meu ponto de vista, e não uma verdade absoluta e adquirida.
Acho que errar faz parte de viver. Às vezes fazemos coisas que não devemos, dizemos coisas que não devemos, ou deixamos por fazer ou dizer coisas que deveríamos ter feito ou dito. Às vezes um erro nosso pode magoar ou ofender uma pessoa, ou mais do que uma pessoa. Às vezes a pessoa lesada com os nossos erros somos nós próprios. Há erros possíveis de corrigir, há outros que não. Mas quero acreditar que nada é completamente irreparável. Quando erro, a primeira coisa que tento fazer é aprender. Aprender a lição, aprender a não voltar a fazer determinada coisa ou algo de determinada maneira. Aprender. A seguir, tenho que me libertar do erro. Culpa, consciência pesada, arrependimento. Isto são sentimentos que nos bloqueiam, e que só nos vão pesar no presente, pois não vão alterar em nada o passado e o que fizemos. Tiremos a lição e libertemo-nos. Desta maneira, o nosso erro do passado vai alterar o nosso futuro para melhor! Pois vai nos tornar mais fortes, sábios e ponderados.
Quando erram comigo, posso ficar fula, magoada, irritada, triste. Mas quando sou eu que erro e percebo que o meu erro só trouxe dissabores, custa-me sempre muito mais!
Mas aprender e "sacodir"! Daí esta minha almofada motivacional, SHAKE IT OFF!
Hoje partilho convosco uma foto especial. De todas as fotos que tirei ao pôr do sol (não foram muitas), esta é a minha favorita. Partilho convosco a foto, e a história da foto.
Foi tirada da baía de Ao Nang em Krabi, na Tailândia. Tinha estado a passear com o irlandês Jamie, ele tinha acabado de chegar depois de uma viagem de mais de 13 horas de autocarro. E os autocarros na Tailândia, não são fáceis! Conheci o Jamie num hostel em Banguecoque, ele andava a viajar sozinho pela Ásia ocidental há 7 meses, mas até ao momento em que o conheci tinha visitado apenas o Camboja, o Vietnam e a Tailândia. Ele dizia que gostava de fazer as coisas com tempo... Mas como estava a dizer, conheci-o no hostel onde fiquei em Banguecoque. No dia seguinte a uma das noites em que resolvi não sair à noite, o Salim e o Kris estavam super entusiasmados com um irlandês que tinha ido sair com eles na noite anterior e ao que parecia, era a personificação da diversão. Eu ainda não conhecia este "tipo irlandês", como eles lhe chamavam, mas não demorou muito. Pouco tempo depois ele juntou-se ao grupo, o nome dele era Jamie. E ele era de facto a personificação da diversão. Na manhã em que ia deixar Banguecoque, o Jamie e o Kris fizeram-me companhia enquanto esperava pela carrinha que me iria levar ao aeroporto. E num desabafo o Jamie comentou que também já estava na altura de deixar Banguecoque, mas ainda não tinha pensado para onde ia a seguir... Eu disse-lhe que viesse ter comigo a Krabi! Quando o disse, foi instintivamente, mas não pensei que ele o fizesse. Mas ele refletiu, fez umas pesquisas no telemóvel, foi lá dentro à receção do hostel, e quando voltou disse-me que já tinha o autocarro marcado para aquela tarde! Mas que só chegaria a Krabi na manhã seguinte... Eu ia de avião, chegaria na tarde daquele dia. Na manhã seguinte, como combinado, esperei por ele na receção do hostel onde estava alojada. E esperei, e esperei, e esperei. E depois desisti. Estava mortinha por explorar a baía de Ao Nang! Mas foi cerca de 10 segundos após ter posto o pé fora da porta do hostel. Ali vinha ele! Tão cansado e suado que me deu dó! Depois de ele se ter instalado, fomos dar uma volta, fomos à praia, bebemos uns cocktails. Passámos pelas lojinhas de souvenirs, eu apaixonei-me por um vestido, mas não o comprei. E depois, chegámos à conclusão de que ele queria ir para o hostel descansar e eu queria dar uma volta sozinha, comprar umas recordações e esperar pelo pôr do sol. E assim fizemos. Separámo-nos ali. Uma das partes que adoro de viajar sozinha, tu não prendes ninguém, ninguém te prende a ti. E valeu a pena esperar pelo pôr do sol! Olhem bem para isto. Mágico! 💛 Ah, e acabei por comprar o vestido! 😉
É por isto que eu passo horas a pesquisar livros, para aumentar a probabilidade de me deparar com livros como este. Pensei em desistir de ler este livro depois de acabar de ler o primeiro capítulo. Estava completamente apavorada. A ponto de fechar os olhos e suster a respiração. Achava que não conseguiria continuar. Mas continuei. Apavorou-me outra vez, e outra, e outra, arrepiou-me a espinha, assombrou-me, perturbou-me, viciou-me!
E no final de contas, adorei! Já tenho na minha pilha de livros por ler outro livro da mesma autora. Agora só falta um pouquinho de tempo livre.